domingo, 16 de dezembro de 2012

Natal - Deixando a esperança entrar em nossas vidas

De todas as festas tradicionais ao longo do ano, creio que o Natal seja a mais simbólica de todas. Apesar de todo o simbolismo da Páscoa, é no Natal que mais enfeitamos nossas casas, ruas, lojas e tudo mais. Todos nós acabamos entrando no “clima de Natal”.

Desde o início do mês de dezembro começamos a decorar nossas casas com luzes, pinheiros, presépios, fitas, bolas, flores, guirlandas, velas e o famoso Papai Noel. Enfeites carregados de muito simbolismo.

Hoje falarei um pouco da guirlanda. Não é uma pesquisa acadêmica sobre o tema, apenas uma pequena busca movida pela grande curiosidade geminiana da blogueira aqui.



Encontrei muitos significados para a guirlanda: proteção, boas vindas, abundância, etc.
 
No tarô a guirlanda aparece em algumas cartas.
 
Tarô Sharman-Burke
 
É uma carta que simboliza a conquista, o sucesso, o triunfo.
 
Tarô da Criança Interior - Isha Lerner-Mark Lerner
 
No Tarô da Criança Interior o 6 de Paus se transforma no 6 de Varinha de Condão, onde as fadas na carta dançam para anunciar a fertilidade e os poderes criativos, como uma parte vital do círculo da vida em constante movimento.
Nesta carta as guirlandas de flores estão presentes nas cabeças das fadinhas.
 
Encontrei bastante coisa interessante na minha busca sobre o significado das guirlandas, mas o que mais gostei é saber que é um “adorno de chamamento”. Para muitas culturas antigas o ato de pendurar uma guirlanda na porta era um sinal para os Deuses entrarem naquele lugar. Achei fascinante.
 
Vamos então deixar que os Deuses entrem em nossas vidas, trazendo abundância, amor e prosperidade.
 
O Papai Noel também está presente no tarô da Criança Interior, ele é o Guia de Cristais.
 
Tarô da Criança Interior - Isha Lerner-Mark Lerner
 
Nesta carta o Papai Noel representa a imagem do Avô Tempo, o guardião das esperanças e dos sonhos.
Neste tarô o naipe de ouros é representado pelos cristais, que está impregnado da mensagem de colheita, do crescimento, da produtividade e da reprodução.
 
Vamos explorar neste Natal o poço de abundância que está a nossa disposição o tempo todo, mas as vezes não enxergamos. É preciso um olhar atento e consciente para percebermos os presentes da vida.
 
Esperar milagres é fundamental, pois a realização de nossos desejos é sempre uma possibilidade.
 
É preciso reavivar o nosso senso infantil de expectativa, para quando a oportunidade bater a nossa porta ela encontre uma guirlanda de boas vindas.
 
Que neste Natal de 2012 a guirlanda em nossas casas seja nosso adorno de chamamento para a esperança.
 
Vamos lembrar da magia da crença neste Natal!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Começando dezembro com um poema

Não tenho muita intimidade com poemas. Sempre gostei muito de ler, mas confesso que ainda não estabeleci proximidade com a poesia. Não sei bem o porquê.
Sinto o poema como um presente, pois ele sempre me pega de surpresa, vem do nada e cai no meu colo.
 
Agora pela manhã estava esperando meu atendimento na manicure e resolvi pegar uma revista Caras.
Sim, muita cultura no sábado chuvoso em Porto Alegre...rsrs Não tem 50 tons de cinza, mas uns 45 eu consegui perceber...rsrs
Não estava a procura de nada, apenas um gesto mecânico em busca de algo para "matar o tempo". Odeio essa expressão, acho que o tempo é algo precioso na vida, pois somos finitos. Não mato meu tempo, o preencho com novidades.
 
Bom...continuando, encontrei um poema bem bonito, que automaticamente me remeteu ao tarô.

"Trago as chaves mais lúcidas do sonho
para abrir caminhos inefáveis
e em trilhas só de pássaros sabidas
contigo andar nos mares e montanhas."
Odylo Costa Filho - Soneto da Romaria - Livro Cantiga Incompleta.
 
 
Copiei no meu caderninho (que sempre levo na bolsa) para anotar os presentes do céu (que pode ser uma frase, um número de telefone, um poema ou uma nova ideia a ser desenvolvida depois).
 
Vejo assim a simbologia (seja dos sonhos, do tarô, dos poemas e da arte em geral): trago as chaves mais lúcidas do sonho para abrir caminhos inefáveis...
 
Cheguei em casa e fui procurar o significado da palavra "inefável", queria confirmar minha impressão inicial ao ler o poema. Confirmei, inefável é mesmo "indizível" (que não se pode explicar, inexplicável).
 
Ri quando achei a palavra indizível no dicionário...parece palavra inventada. Criança que adora fazer isso, depois perdemos essa grande habilidade. Meu sobrinho, por causa das minhas eternas dietas, dizia para eu comer determinada coisa, explicando que : "isso não engordece, dinda" (sim, o contrário de emagrece só poderia ser engordece...rsrs).  
 
Gosto de estar atenta ao inefável. Muitas respostas vêm daí.
Nem tudo é explicável.
 
Deixo uma foto de um caminho indizível.
 
Ai que saudade de Noronha. Ainda volto lá.
Comemorei meu aniversário de 40 anos naquele paraíso. 
Quem sabe comemoro o 80º aniversário lá também?
É só economizar nos próximos 36 anos...rsrs
Uiiiiii, só falta 36 anos para os 80...ai ai ai
 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O jardim secreto

Acabei de ver um lindo filme, o Jardim Secreto. Daqueles que a gente fica com a alma leve quando termina.



Fala de recomeço, de perdão, de amor a vida.
Um dos personagens aprende a sorrir e o outro a chorar.
Simples assim, como tudo o que é realmente importante na vida.

Sempre sonhei em ter um jardim lindo, para receber a família e os amigos.
Um lugar encantado, para ler, para escutar música, para bater papo. Para simplesmente olhar em volta e comprovar que a vida é mágica.
 
 Mais ou menos assim será o meu jardim. Que tal? 
Sonhar é livre e de graça...rsrsrs
 
Por enquanto me contento com o meu, que também é lindo, mas é coletivo.


 
Deixo com vocês uma carta que retrata bem o jardim secreto, o nove de paus, ou melhor, o nove de varinhas de condão do Tarô da Criança Interior.


Existem momentos na vida nos quais temos a oportunidade de ter uma nova percepção, uma nova visão de mundo.

Quando sabemos aproveitar estes momentos reconquistamos o jardim de sabedoria que vive em nós. É o nosso jardim mágico.
Nele conseguimos dominar nossas habilidades e dons.
É quando recuperamos nossa força interior, nossa energia kundalini.

A fada desta carta está espiando o jardim, quando ela estiver pronta um lindo lugar estará a sua espera. As borboletas representam a metamorfose, a mudança de padrão.

Feche os olhos e imagine-se entrando neste jardim.
Ele está aí, esperando por você.
Está ouvindo o seu chamado? Eu estou ouvindo o meu. 
Estou chegando...

Intuição - Deixando a Sacerdotisa falar

A intuição é aquela voz que chega primeiro na nossa cabeça, livre de julgamento e análise.
 
Infelizmente quando não estamos em equilíbrio não conseguimos distinguir a intuição do medo ou do desejo. Tudo fica muito confuso e acabamos não acreditando nesta sábia voz.
Nosso mundo conturbado e nada silencioso também não auxilia a nossa escuta da intuição. Entretanto, não precisamos estar num deserto para ouvi-la, podemos ouvir esta voz até mesmo no caos urbano, desde que não estejamos num caos interno.
É preciso silêncio interno para que a intuição seja ouvida.

Ela sempre vem num salto, num pulo, não caminha passo a passo como geralmente acontece quando pensamos. Por isso é difícil conviver com a intuição, pois muitas vezes sentimos que não temos controle sobre ela...e isso assusta.

O ano está acabando. Amanhã entraremos no último mês do ano de 2012. Já começamos a fazer nossos planejamentos estratégicos, planos e projetos para o novo ano que se aproxima.

Que tal ouvirmos o que nossa intuição tem a dizer sobre 2013?

No tarô temos a carta da sacerdotisa com símbolo da intuição.

Tarô Sharman - Burke - Ilustrada por Giovanni Caselli
 
Tarô Zen de Osho
 

Tarô da Criança Interior - Isha Lerner - Mark Lerner
 
Adoro a simbologia dos contos de fadas, no tarô da criança interior a sacerdotisa aparece como a fada madrinha.
 
Temos no nosso íntimo a sacerdotisa ou a fada madrinha.
Ela está dizendo você sabe a resposta, mesmo quando insistimos em dizer que não sabemos.

Que tal ouvirmos o que a nossa fada madrinha tem a nos dizer?

Esta é a minha proposta para 2013.
 

domingo, 25 de novembro de 2012

O fio das missangas

 
"A vida é um colar. (...) A missanga, todos a veem. Ninguém nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as missangas.”
Mia Couto - O fio das missangas.

Penso que muitas vezes não conseguimos enxergar o fio condutor de nossas vidas, parece um amontoado de acontecimentos, muitas vezes confusos e aparentemete desconexos.
 
Não lembro quantas vezes me senti perdida nessa caminhada...sem entender muito bem para onde estava indo, e pior, sem entender onde estava.

O tarô tem me ajudado a compor meu fio de missangas, também com ele tenho conseguido auxiliar outros a comporem os seus.
 
Este é um dos motivos para a cada dia me apaixonar mais pelo tarô e sua simbologia.
  

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Um jeito glutamato monossódico de ser

Feriado...deitada na rede com minha felina Agatha. Na sacada, sentindo a brisa agradável do Morro Santana em Porto Alegre. Para completar minha idílica manhã de feriado, nada mais interessante do que ler a Revista da Cultura*.  Achei ótima a coluna da Karina Buhr: O sabor que mata e apressa.

Ela fala do glutamato monossódico (ingrediente presente em quase todos os produtos alimentícios industrializados, utilizado para realçar o sabor). Diz que somos apressados, não temos mais tempo para sentir os sabores das especiarias, dos temperos que precisam de tempo para a degustação. Assim como todo o restante de nossas vidas, queremos tudo muito rápido e intenso.

Sou muito curiosa, tive que sair da rede e pesquisar na internet sobre o tal glutamato monossódico (que minha nutricionista já havia me recomendado para eliminar da minha dieta, há 05 anos). Olhem o que achei no wikipédia:

"Pesquisas recentes demonstram que o glutamado monossódico estimula receptores específicos da língua produzindo um gosto essencial que se conhece como umami, em japonês siginifica saboroso ou delicioso. O gosto umami corresponde ao quinto gosto básico, o qual é diferente dos outros quatro sabores conhecidos: doce, salgado, azedo e amargo."

Infelizmente, este delicioso artificial causa grandes problemas para a nossa saúde, além de anestesiar nossa capacidade de sentir os alimentos. Viciamos nesse sabor e quando comemos algo sem ele achamos que está sem gosto.

Antes misturávamos os sabores (doce, salgado, azedo, amargo) para chegarmos ao sabor delicioso. Agora queremos tudo muito rápido e intenso, de preferência comprado pronto. Buscamos felicidade vendida em cápsulas na farmácia. Precisamos do delicioso, todo o segundo, como viciados.

Pessoas chegam até a consulta de tarô querendo respostas prontas para tudo, não querem uma abertura de consciência para que elas mesmas construam suas próprias soluções.

Não conseguimos mais nos relacionar direito, pois precisamos de emoções intensas, de grandes paixões. O amor e a amizade precisam ser regados diariamente, daí a planta vai nascendo, crescendo e ficando forte...mas demora muito. O trabalho precisa ser maravilhoso sempre, pois do contrário nos sentimos entediados. A música precisa ser alta, os textos curtos, as cores fortes, os aromas intensos, as imagens rápidas. Queremos tudo agora, tudo pronto e com muita intensidade. 
Enfim, um jeito glutamato monossódico de ser.

Lembrei-me do Coelho da Alice. Somos todos coelhos, ou estamos coelhos?

 
Vou voltar para minha rede e meu dia slow life.
 
 
Aprendendo a viver com a Agatha.
 
* Publicação da Livraria Cultura: Revista Cultura, edição 64, novembro 2012, p. 25. 

sábado, 3 de novembro de 2012

O poder da escolha

"Quem possui mais poder? Aquele que comanda uma organização com milhares de pessoas, envolvendo milhões de dólares e afetando a vida de comunidades ao redor do planeta ou alguém que tem total consciência do que deseja e se guia por isso?"
 
Com esse questionamento Dulce Magalhães (Consultora, Doutora em Planejamento de Carreira, Ph.D. em Filosofia pela Columbia University - EUA) inicia sua coluna hoje no Correio do Povo, jornal do Rio Grande do Sul.

Ela continua sua reflexão: "Poder é a capacidade de realização. Assim, uma grande estrutura pode proporcionar condições de exercer maior poder, entretanto, essa realização precisa incluir alguns aspectos prioritários da vida, como as aspirações pessoais, o equilíbrio de uma vida saudável e a afetividade de relacionamentos bem sucedidos." Na visão de Dulce magalhães a realização vai muito além dos resultados numéricos ou concretos.

A consultora ainda afirma que podemos expandir o conceito de poder para a capacidade de realizar-se. Com isso criamos um círculo contínuo de interdependência, pois quanto maior a capacidade de realizar-se, maior o poder individual, que interfere e afeta o coletivo, e que, por sua vez, repercute no individual, fechando o círculo contínuo.
 
Dulce Magalhães também nos relembra sobre a importância da nossa liberdade e poder de escolha.
 
"(...) o que nos oferece uma métrica de poder real é nossa liberdade de escolha. (...) Não somos imune ao erro, entretanto, não exercitar escolhas é o erro mais contundente porque nos tira o privilégio de ampliarmos nosso poder e alcançarmos maior liberdade."

Para finalizar, ela relembra da nossa responsabilidade com relação a mudança.
 
"Ainda somos prisioneiros de nossos medos, bloqueios e dúvidas, porém, somos os únicos capazes de girar a chave da mudança através da autorealização "
 
Enfim, ter consciência sobre nosso poder de mudança e construção de futuro é essencial. Entretanto, precisamos estar também conscientes das nossas potencialidades e limitações para fazermos escolhas mais coerentes.
 
"Uma síntese possível é que precisamos desenvolver continuamente nosso poder, através do exercício das escolhas, para atingirmos o patamar mais elevado da liberdade de viver exatamento o que queremos"
 
Não tenho nada contra Zeca Pagodinho, mas tem horas que não dá para deixar a vida nos levar. Precisamos acreditar que temos poder de escolha e poder de mudança. 
Portanto, é essencial termos consciência sobre nosso momento presente.
É no AQUI e AGORA que está o nosso poder, não é no passado e nem no futuro. 

Fonte: Jornal Correio do Povo. Caderno Plano de Carreira. Sábado, 03 de novembro de 2012.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Encontrando o Mago dentro de si

Estamos na vida sempre a procura de mestres que nos ensinem e nos deem respostas...pais, avós, tios, irmãos, amigos, professores, consultores,  escritores, profissionais especializados, gurus espirituais, videntes, médiuns, líderes religiosos, etc.
Enfim, sempre pensamos que a resposta está fora.

Chega a hora em que nos sentimos perdidos e inevitavelmente perguntamos: e agora, quem irá nos salvar? Com certeza não é o Chapolin Colorado.
A primeira carta dos Arcanos maiores do tarô é o Mago (pois o Louco é a carta zero).
Juliet Sharman - Burke. Ilustração de Giovanni Caselli
Gosto da associação que Isha Lerner e Mark Lerner fizeram no seu baralho O Tarô da Criança Interior, ilustrando o Mago como Aladim e a Lâmpada mágica.
Aladim criou a sua própria realidade quando acreditou que de dentro da lâmpada sairia um gênio. O gênio saiu da sua mente iluminada (representada pela lâmpada).
Segundo Jung, todos os acontecimentos mágicos, parapsicológicos, todos os milagres têm um ingrediente em comum: uma atitude de esperançosa expectativa da parte dos participantes (citação no livro de NICHOLS, 1999, p. 62).
É preciso acreditar para fazer. O Mago representa o princípio masculino Yang. Representa a vontade, a ação, o uso dos conhecimentos e a habilidade de concretizar.
Nesta carta fica claro que somos nós que criamos nossa própria realidade a partir dos nossos pensamentos, palavras e atitudes.
A lâmpada mágica é um símbolo da mente iluminada. O gênio vive dentro da nossa mente, não fora.

O tarô não é mágico, pois a magia está dentro da gente. O tarô é apenas um instrumento para enxergarmos nossa própria força criativa.
Precisamos explorar nosso gênio criativo!

LERNER, Isha; LERNER, Mark - Ilustração: Christopher Guilfoil. O Tarô da Criança Interior. São Paulo/SP: Editora Pensamento – Cultrix, 1998. 
NICHOLS, Sallie . JUNG e o TARÔ – Uma jornada arquetípica. São Paulo/SP. Editoria Pensamento - Cultrix, 1999.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Louco - O homem a procura de si mesmo

A carta do tarô O Louco representa cada de um de nós em nossas várias buscas ao longo da vida.

Baralho Sharman-Burke - Ilustração Giovanni Caselli
 
Na semana passada vi um filme e lembrei imediatamente da jornada do Louco no tarô. O filme é One week (Uma semana). Neste, o protagonista é confrontado inesperadamente com a sua própria finitude... E sai em busca de si mesmo.
Lindas paisagens, ótima trilha sonora e um bom motivo para pensarmos nas nossas próprias prioridades, objetivos e missão de vida.  
 
                                
Existem momentos na vida nos quais não há como se conter, é preciso ir adiante, buscar nossa própria verdade.  

O artista plástico Eduardo Vilela, criou 22 telas a óleo inspiradas nos Arcanos Maiores do Tarô. O processo se desenvolveu ao longo de sete anos, até 2001, quando convidou Paulo Urban, médico psiquiatra e pesquisador do tarô, para apresentar esse trabalho, o que resultou no livro O Resgate da Essência, ed. Visualart, Curitiba. Nesta tela do louco, Vilela o retratou como O Incontido.
 
 
 
Arriscar-se é perder o equilíbrio por uns tempos... Mas não se arriscar é perder-se a si mesmo para sempre. (kierkgaard)
Precisamos abraçar o Louco quando ele surge, pois ele aparece apenas em tempos de grandes mudanças.
Acredito que estar atento a nossa jornada é fundamental.
Ela é única, é intransferível...É nossa responsabilidade.

domingo, 14 de outubro de 2012

Tarô Consciencial - O que é isto?


O tarô, através da sua simbologia, pode estabelecer uma ponte entre seu Eu Interior e seu momento externo, sendo por isso uma ferramenta riquíssima no processo de tomada de consciência, facilitando o desenvolvimento pessoal e profissional.

 baralho de tarô é composto por 78 cartas (os 22 Arcanos Maiores e as 56 cartas dos Arcanos Menores). Há muitas versões diferentes sobre sua origem, mas o importante é saber que o tarô existe aproximadamente há seis séculos.
Ele foi se transformando ao longo do tempo, pois como toda construção simbólica, ele retrata a sociedade de sua época. Portanto, suas cartas foram ilustradas de diferentes formas no decorrer dos anos, embora a essência não tenha sido modificada. Assim como a ciência foi se transformando, a forma de utilização do tarô também foi se alterando com o passar do tempo.  
Acredito na liberdade de expressão e na interdisciplinaridade, quando vários olhares podem (e devem) coexistirem, sem que um tire o mérito do outro. Por essa razão, falarei sobre a minha forma de consultar o tarô, sem desvalorizar ou desvalidar as demais concepções.
Creio que o profissional de desenvolvimento deva escolher ferramentas de trabalho que estejam alinhadas com suas crenças e valores, para que estas realmente possam auxiliá-lo nos processos de desenvolvimento nos quais faz sua intervenção. Portanto, aqui falarei sobre a minha forma de utilização do tarô. 
Para começar, acredito que a verdade não está apenas naquilo que pode ser quantificado e demonstrado cientificamente. Também não acredito em verdades universais, mas na verdade de cada um.
Vejo o tarô como um instrumento facilitador na tomada de consciência sobre potencialidades, limitações, momento vivido e poder de escolha. Por essa razão o denominei Tarô Consciencial.
Potencialidades - Possibilidades que às vezes não temos consciência (conhecimentos, habilidades e atitudes). Nossa caixa de ferramentas e caixa de brinquedos interna.

Limitações - Dificuldades, conscientes ou não, que sempre atrapalharam (e/ou atrapalham hoje) nosso desenvolvimento. Importante ter consciência para poder modifica-las ou então buscar alternativas para suprir essas limitações.
Momento vivido - O AQUI e AGORA. É importante conseguir mapear e clarear o momento vivido. Muitas vezes estamos tão confusos que não conseguimos ter uma ideia clara de onde estamos.
Poder de escolha - O Tarô Consciencial parte do princípio de que somos responsáveis por nossa vida e desenvolvimento. Temos o poder de escolha, mesmo que pareça que não. Sabemos que existem coisas sobre as quais não podemos controlar, pois estão além do nosso poder de atuação (não somos deuses), mas até com relação a essas podemos escolher de que forma vamos lidar com elas. É também um poder de escolha.

A partir desses quatro pontos podemos construir um futuro com bases mais sólidas. O importante é ativar nossa energia vital, nosso poder de mudança.

O tarô não é mágico, a magia está em nós.