sábado, 1 de dezembro de 2012

Começando dezembro com um poema

Não tenho muita intimidade com poemas. Sempre gostei muito de ler, mas confesso que ainda não estabeleci proximidade com a poesia. Não sei bem o porquê.
Sinto o poema como um presente, pois ele sempre me pega de surpresa, vem do nada e cai no meu colo.
 
Agora pela manhã estava esperando meu atendimento na manicure e resolvi pegar uma revista Caras.
Sim, muita cultura no sábado chuvoso em Porto Alegre...rsrs Não tem 50 tons de cinza, mas uns 45 eu consegui perceber...rsrs
Não estava a procura de nada, apenas um gesto mecânico em busca de algo para "matar o tempo". Odeio essa expressão, acho que o tempo é algo precioso na vida, pois somos finitos. Não mato meu tempo, o preencho com novidades.
 
Bom...continuando, encontrei um poema bem bonito, que automaticamente me remeteu ao tarô.

"Trago as chaves mais lúcidas do sonho
para abrir caminhos inefáveis
e em trilhas só de pássaros sabidas
contigo andar nos mares e montanhas."
Odylo Costa Filho - Soneto da Romaria - Livro Cantiga Incompleta.
 
 
Copiei no meu caderninho (que sempre levo na bolsa) para anotar os presentes do céu (que pode ser uma frase, um número de telefone, um poema ou uma nova ideia a ser desenvolvida depois).
 
Vejo assim a simbologia (seja dos sonhos, do tarô, dos poemas e da arte em geral): trago as chaves mais lúcidas do sonho para abrir caminhos inefáveis...
 
Cheguei em casa e fui procurar o significado da palavra "inefável", queria confirmar minha impressão inicial ao ler o poema. Confirmei, inefável é mesmo "indizível" (que não se pode explicar, inexplicável).
 
Ri quando achei a palavra indizível no dicionário...parece palavra inventada. Criança que adora fazer isso, depois perdemos essa grande habilidade. Meu sobrinho, por causa das minhas eternas dietas, dizia para eu comer determinada coisa, explicando que : "isso não engordece, dinda" (sim, o contrário de emagrece só poderia ser engordece...rsrs).  
 
Gosto de estar atenta ao inefável. Muitas respostas vêm daí.
Nem tudo é explicável.
 
Deixo uma foto de um caminho indizível.
 
Ai que saudade de Noronha. Ainda volto lá.
Comemorei meu aniversário de 40 anos naquele paraíso. 
Quem sabe comemoro o 80º aniversário lá também?
É só economizar nos próximos 36 anos...rsrs
Uiiiiii, só falta 36 anos para os 80...ai ai ai
 

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