sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O jardim secreto

Acabei de ver um lindo filme, o Jardim Secreto. Daqueles que a gente fica com a alma leve quando termina.



Fala de recomeço, de perdão, de amor a vida.
Um dos personagens aprende a sorrir e o outro a chorar.
Simples assim, como tudo o que é realmente importante na vida.

Sempre sonhei em ter um jardim lindo, para receber a família e os amigos.
Um lugar encantado, para ler, para escutar música, para bater papo. Para simplesmente olhar em volta e comprovar que a vida é mágica.
 
 Mais ou menos assim será o meu jardim. Que tal? 
Sonhar é livre e de graça...rsrsrs
 
Por enquanto me contento com o meu, que também é lindo, mas é coletivo.


 
Deixo com vocês uma carta que retrata bem o jardim secreto, o nove de paus, ou melhor, o nove de varinhas de condão do Tarô da Criança Interior.


Existem momentos na vida nos quais temos a oportunidade de ter uma nova percepção, uma nova visão de mundo.

Quando sabemos aproveitar estes momentos reconquistamos o jardim de sabedoria que vive em nós. É o nosso jardim mágico.
Nele conseguimos dominar nossas habilidades e dons.
É quando recuperamos nossa força interior, nossa energia kundalini.

A fada desta carta está espiando o jardim, quando ela estiver pronta um lindo lugar estará a sua espera. As borboletas representam a metamorfose, a mudança de padrão.

Feche os olhos e imagine-se entrando neste jardim.
Ele está aí, esperando por você.
Está ouvindo o seu chamado? Eu estou ouvindo o meu. 
Estou chegando...

Intuição - Deixando a Sacerdotisa falar

A intuição é aquela voz que chega primeiro na nossa cabeça, livre de julgamento e análise.
 
Infelizmente quando não estamos em equilíbrio não conseguimos distinguir a intuição do medo ou do desejo. Tudo fica muito confuso e acabamos não acreditando nesta sábia voz.
Nosso mundo conturbado e nada silencioso também não auxilia a nossa escuta da intuição. Entretanto, não precisamos estar num deserto para ouvi-la, podemos ouvir esta voz até mesmo no caos urbano, desde que não estejamos num caos interno.
É preciso silêncio interno para que a intuição seja ouvida.

Ela sempre vem num salto, num pulo, não caminha passo a passo como geralmente acontece quando pensamos. Por isso é difícil conviver com a intuição, pois muitas vezes sentimos que não temos controle sobre ela...e isso assusta.

O ano está acabando. Amanhã entraremos no último mês do ano de 2012. Já começamos a fazer nossos planejamentos estratégicos, planos e projetos para o novo ano que se aproxima.

Que tal ouvirmos o que nossa intuição tem a dizer sobre 2013?

No tarô temos a carta da sacerdotisa com símbolo da intuição.

Tarô Sharman - Burke - Ilustrada por Giovanni Caselli
 
Tarô Zen de Osho
 

Tarô da Criança Interior - Isha Lerner - Mark Lerner
 
Adoro a simbologia dos contos de fadas, no tarô da criança interior a sacerdotisa aparece como a fada madrinha.
 
Temos no nosso íntimo a sacerdotisa ou a fada madrinha.
Ela está dizendo você sabe a resposta, mesmo quando insistimos em dizer que não sabemos.

Que tal ouvirmos o que a nossa fada madrinha tem a nos dizer?

Esta é a minha proposta para 2013.
 

domingo, 25 de novembro de 2012

O fio das missangas

 
"A vida é um colar. (...) A missanga, todos a veem. Ninguém nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as missangas.”
Mia Couto - O fio das missangas.

Penso que muitas vezes não conseguimos enxergar o fio condutor de nossas vidas, parece um amontoado de acontecimentos, muitas vezes confusos e aparentemete desconexos.
 
Não lembro quantas vezes me senti perdida nessa caminhada...sem entender muito bem para onde estava indo, e pior, sem entender onde estava.

O tarô tem me ajudado a compor meu fio de missangas, também com ele tenho conseguido auxiliar outros a comporem os seus.
 
Este é um dos motivos para a cada dia me apaixonar mais pelo tarô e sua simbologia.
  

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Um jeito glutamato monossódico de ser

Feriado...deitada na rede com minha felina Agatha. Na sacada, sentindo a brisa agradável do Morro Santana em Porto Alegre. Para completar minha idílica manhã de feriado, nada mais interessante do que ler a Revista da Cultura*.  Achei ótima a coluna da Karina Buhr: O sabor que mata e apressa.

Ela fala do glutamato monossódico (ingrediente presente em quase todos os produtos alimentícios industrializados, utilizado para realçar o sabor). Diz que somos apressados, não temos mais tempo para sentir os sabores das especiarias, dos temperos que precisam de tempo para a degustação. Assim como todo o restante de nossas vidas, queremos tudo muito rápido e intenso.

Sou muito curiosa, tive que sair da rede e pesquisar na internet sobre o tal glutamato monossódico (que minha nutricionista já havia me recomendado para eliminar da minha dieta, há 05 anos). Olhem o que achei no wikipédia:

"Pesquisas recentes demonstram que o glutamado monossódico estimula receptores específicos da língua produzindo um gosto essencial que se conhece como umami, em japonês siginifica saboroso ou delicioso. O gosto umami corresponde ao quinto gosto básico, o qual é diferente dos outros quatro sabores conhecidos: doce, salgado, azedo e amargo."

Infelizmente, este delicioso artificial causa grandes problemas para a nossa saúde, além de anestesiar nossa capacidade de sentir os alimentos. Viciamos nesse sabor e quando comemos algo sem ele achamos que está sem gosto.

Antes misturávamos os sabores (doce, salgado, azedo, amargo) para chegarmos ao sabor delicioso. Agora queremos tudo muito rápido e intenso, de preferência comprado pronto. Buscamos felicidade vendida em cápsulas na farmácia. Precisamos do delicioso, todo o segundo, como viciados.

Pessoas chegam até a consulta de tarô querendo respostas prontas para tudo, não querem uma abertura de consciência para que elas mesmas construam suas próprias soluções.

Não conseguimos mais nos relacionar direito, pois precisamos de emoções intensas, de grandes paixões. O amor e a amizade precisam ser regados diariamente, daí a planta vai nascendo, crescendo e ficando forte...mas demora muito. O trabalho precisa ser maravilhoso sempre, pois do contrário nos sentimos entediados. A música precisa ser alta, os textos curtos, as cores fortes, os aromas intensos, as imagens rápidas. Queremos tudo agora, tudo pronto e com muita intensidade. 
Enfim, um jeito glutamato monossódico de ser.

Lembrei-me do Coelho da Alice. Somos todos coelhos, ou estamos coelhos?

 
Vou voltar para minha rede e meu dia slow life.
 
 
Aprendendo a viver com a Agatha.
 
* Publicação da Livraria Cultura: Revista Cultura, edição 64, novembro 2012, p. 25. 

sábado, 3 de novembro de 2012

O poder da escolha

"Quem possui mais poder? Aquele que comanda uma organização com milhares de pessoas, envolvendo milhões de dólares e afetando a vida de comunidades ao redor do planeta ou alguém que tem total consciência do que deseja e se guia por isso?"
 
Com esse questionamento Dulce Magalhães (Consultora, Doutora em Planejamento de Carreira, Ph.D. em Filosofia pela Columbia University - EUA) inicia sua coluna hoje no Correio do Povo, jornal do Rio Grande do Sul.

Ela continua sua reflexão: "Poder é a capacidade de realização. Assim, uma grande estrutura pode proporcionar condições de exercer maior poder, entretanto, essa realização precisa incluir alguns aspectos prioritários da vida, como as aspirações pessoais, o equilíbrio de uma vida saudável e a afetividade de relacionamentos bem sucedidos." Na visão de Dulce magalhães a realização vai muito além dos resultados numéricos ou concretos.

A consultora ainda afirma que podemos expandir o conceito de poder para a capacidade de realizar-se. Com isso criamos um círculo contínuo de interdependência, pois quanto maior a capacidade de realizar-se, maior o poder individual, que interfere e afeta o coletivo, e que, por sua vez, repercute no individual, fechando o círculo contínuo.
 
Dulce Magalhães também nos relembra sobre a importância da nossa liberdade e poder de escolha.
 
"(...) o que nos oferece uma métrica de poder real é nossa liberdade de escolha. (...) Não somos imune ao erro, entretanto, não exercitar escolhas é o erro mais contundente porque nos tira o privilégio de ampliarmos nosso poder e alcançarmos maior liberdade."

Para finalizar, ela relembra da nossa responsabilidade com relação a mudança.
 
"Ainda somos prisioneiros de nossos medos, bloqueios e dúvidas, porém, somos os únicos capazes de girar a chave da mudança através da autorealização "
 
Enfim, ter consciência sobre nosso poder de mudança e construção de futuro é essencial. Entretanto, precisamos estar também conscientes das nossas potencialidades e limitações para fazermos escolhas mais coerentes.
 
"Uma síntese possível é que precisamos desenvolver continuamente nosso poder, através do exercício das escolhas, para atingirmos o patamar mais elevado da liberdade de viver exatamento o que queremos"
 
Não tenho nada contra Zeca Pagodinho, mas tem horas que não dá para deixar a vida nos levar. Precisamos acreditar que temos poder de escolha e poder de mudança. 
Portanto, é essencial termos consciência sobre nosso momento presente.
É no AQUI e AGORA que está o nosso poder, não é no passado e nem no futuro. 

Fonte: Jornal Correio do Povo. Caderno Plano de Carreira. Sábado, 03 de novembro de 2012.