segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Encontrando o Mago dentro de si

Estamos na vida sempre a procura de mestres que nos ensinem e nos deem respostas...pais, avós, tios, irmãos, amigos, professores, consultores,  escritores, profissionais especializados, gurus espirituais, videntes, médiuns, líderes religiosos, etc.
Enfim, sempre pensamos que a resposta está fora.

Chega a hora em que nos sentimos perdidos e inevitavelmente perguntamos: e agora, quem irá nos salvar? Com certeza não é o Chapolin Colorado.
A primeira carta dos Arcanos maiores do tarô é o Mago (pois o Louco é a carta zero).
Juliet Sharman - Burke. Ilustração de Giovanni Caselli
Gosto da associação que Isha Lerner e Mark Lerner fizeram no seu baralho O Tarô da Criança Interior, ilustrando o Mago como Aladim e a Lâmpada mágica.
Aladim criou a sua própria realidade quando acreditou que de dentro da lâmpada sairia um gênio. O gênio saiu da sua mente iluminada (representada pela lâmpada).
Segundo Jung, todos os acontecimentos mágicos, parapsicológicos, todos os milagres têm um ingrediente em comum: uma atitude de esperançosa expectativa da parte dos participantes (citação no livro de NICHOLS, 1999, p. 62).
É preciso acreditar para fazer. O Mago representa o princípio masculino Yang. Representa a vontade, a ação, o uso dos conhecimentos e a habilidade de concretizar.
Nesta carta fica claro que somos nós que criamos nossa própria realidade a partir dos nossos pensamentos, palavras e atitudes.
A lâmpada mágica é um símbolo da mente iluminada. O gênio vive dentro da nossa mente, não fora.

O tarô não é mágico, pois a magia está dentro da gente. O tarô é apenas um instrumento para enxergarmos nossa própria força criativa.
Precisamos explorar nosso gênio criativo!

LERNER, Isha; LERNER, Mark - Ilustração: Christopher Guilfoil. O Tarô da Criança Interior. São Paulo/SP: Editora Pensamento – Cultrix, 1998. 
NICHOLS, Sallie . JUNG e o TARÔ – Uma jornada arquetípica. São Paulo/SP. Editoria Pensamento - Cultrix, 1999.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Louco - O homem a procura de si mesmo

A carta do tarô O Louco representa cada de um de nós em nossas várias buscas ao longo da vida.

Baralho Sharman-Burke - Ilustração Giovanni Caselli
 
Na semana passada vi um filme e lembrei imediatamente da jornada do Louco no tarô. O filme é One week (Uma semana). Neste, o protagonista é confrontado inesperadamente com a sua própria finitude... E sai em busca de si mesmo.
Lindas paisagens, ótima trilha sonora e um bom motivo para pensarmos nas nossas próprias prioridades, objetivos e missão de vida.  
 
                                
Existem momentos na vida nos quais não há como se conter, é preciso ir adiante, buscar nossa própria verdade.  

O artista plástico Eduardo Vilela, criou 22 telas a óleo inspiradas nos Arcanos Maiores do Tarô. O processo se desenvolveu ao longo de sete anos, até 2001, quando convidou Paulo Urban, médico psiquiatra e pesquisador do tarô, para apresentar esse trabalho, o que resultou no livro O Resgate da Essência, ed. Visualart, Curitiba. Nesta tela do louco, Vilela o retratou como O Incontido.
 
 
 
Arriscar-se é perder o equilíbrio por uns tempos... Mas não se arriscar é perder-se a si mesmo para sempre. (kierkgaard)
Precisamos abraçar o Louco quando ele surge, pois ele aparece apenas em tempos de grandes mudanças.
Acredito que estar atento a nossa jornada é fundamental.
Ela é única, é intransferível...É nossa responsabilidade.

domingo, 14 de outubro de 2012

Tarô Consciencial - O que é isto?


O tarô, através da sua simbologia, pode estabelecer uma ponte entre seu Eu Interior e seu momento externo, sendo por isso uma ferramenta riquíssima no processo de tomada de consciência, facilitando o desenvolvimento pessoal e profissional.

 baralho de tarô é composto por 78 cartas (os 22 Arcanos Maiores e as 56 cartas dos Arcanos Menores). Há muitas versões diferentes sobre sua origem, mas o importante é saber que o tarô existe aproximadamente há seis séculos.
Ele foi se transformando ao longo do tempo, pois como toda construção simbólica, ele retrata a sociedade de sua época. Portanto, suas cartas foram ilustradas de diferentes formas no decorrer dos anos, embora a essência não tenha sido modificada. Assim como a ciência foi se transformando, a forma de utilização do tarô também foi se alterando com o passar do tempo.  
Acredito na liberdade de expressão e na interdisciplinaridade, quando vários olhares podem (e devem) coexistirem, sem que um tire o mérito do outro. Por essa razão, falarei sobre a minha forma de consultar o tarô, sem desvalorizar ou desvalidar as demais concepções.
Creio que o profissional de desenvolvimento deva escolher ferramentas de trabalho que estejam alinhadas com suas crenças e valores, para que estas realmente possam auxiliá-lo nos processos de desenvolvimento nos quais faz sua intervenção. Portanto, aqui falarei sobre a minha forma de utilização do tarô. 
Para começar, acredito que a verdade não está apenas naquilo que pode ser quantificado e demonstrado cientificamente. Também não acredito em verdades universais, mas na verdade de cada um.
Vejo o tarô como um instrumento facilitador na tomada de consciência sobre potencialidades, limitações, momento vivido e poder de escolha. Por essa razão o denominei Tarô Consciencial.
Potencialidades - Possibilidades que às vezes não temos consciência (conhecimentos, habilidades e atitudes). Nossa caixa de ferramentas e caixa de brinquedos interna.

Limitações - Dificuldades, conscientes ou não, que sempre atrapalharam (e/ou atrapalham hoje) nosso desenvolvimento. Importante ter consciência para poder modifica-las ou então buscar alternativas para suprir essas limitações.
Momento vivido - O AQUI e AGORA. É importante conseguir mapear e clarear o momento vivido. Muitas vezes estamos tão confusos que não conseguimos ter uma ideia clara de onde estamos.
Poder de escolha - O Tarô Consciencial parte do princípio de que somos responsáveis por nossa vida e desenvolvimento. Temos o poder de escolha, mesmo que pareça que não. Sabemos que existem coisas sobre as quais não podemos controlar, pois estão além do nosso poder de atuação (não somos deuses), mas até com relação a essas podemos escolher de que forma vamos lidar com elas. É também um poder de escolha.

A partir desses quatro pontos podemos construir um futuro com bases mais sólidas. O importante é ativar nossa energia vital, nosso poder de mudança.

O tarô não é mágico, a magia está em nós.